A Steammaster teve origem em 1974, cresceu e desenvolveu tecnologia própria a ponto de se tornar uma das principais fabricantes de Caldeiras em toda América latina. Ao longo de seus 40 anos de existência, esta empresa chegou a gerar mais de 300 empregos diretos e renda em Varginha e na região do Sul de Minas, fornecendo Caldeiras para todo o Território Nacional e também para outros países, tais como Angola, México, Cuba, Venezuela, África do Sul e Canadá. Em sua carteira de clientes constam empresas de grande porte como Ambev, Petrobrás, Shell, Sadia, Schincariol e Heineken, dentre outras. Clique em Leia Mais e confira a notícia completa.
A empresa está em plena atividade, embora com quadro de funcionários reduzido (70 funcionários); possui excelente referência técnica no mercado e produz caldeiras mais eficientes, com baixos índices de emissões de poluentes, estando muito à frente dos concorrentes para atender as exigências ambientais, o que constitui atualmente um ponto chave para contratação pelas empresas, que se preocupam cada vez mais com a sustentabilidade.
O compromisso e a seriedade da empresa com as obrigações assumidas ficam evidentes quando se observa que antes de 2008 nunca havia sido proposta qualquer reclamação trabalhista contra empresa, que também nunca havia tido um único título protestado.
A crise econômico-financeira da empresa Steammaster teve início com a crise financeira mundial de 2008/2009 que afetou todo o mercado de bens duráveis. E a empresa Steammaster, que já havia feito grande investimento para atender as demandas do Pré-Sal, tendo sido credenciada como fornecedora por empresas como Siemens, Rolls-Royce, e a própria Petrobrás, (para equipamentos “off-shore” na recuperação de calor em turbinas a gás em plataformas de exploração de petróleo), teve grandes prejuízos, pois as encomendas não aconteceram, e houveram cancelamentos e postergações de outros pedidos que vinham sendo feitos.
A empresa então, manteve a estrutura com um custo fixo elevado e isso foi custeado com reservas de caixa e endividamento bancário. Com isso, as vendas foram “travadas” por falta de crédito para projetos e a empresa se viu obrigada a reduzir drasticamente custos e despesas, sendo inclusive obrigada a demitir grande número de funcionários.
E com o agravamento do endividamento interno em 2011, aliado uma nova onda de crise na economia, a situação de caixa da empresa tornou-se ainda mais delicada e daí em diante começou a perder linhas de crédito, deixou de honrar compromissos e passou a ter restrições cadastrais.
Todo esse quadro financeiro acabou por levar a empresa a formular pedido de Recuperação Judicial, no intuito de solucionar o problema, colocando à disposição dos credores garantias reais em imóveis de valor semelhante aos créditos e que se converteram em dação em pagamento. Esse procedimento não é comum, visto que na maioria dos casos são concedidos deságios de até 90%, além de prazos de pagamentos superiores a 15 anos sem nenhuma garantia real. Justamente por isto, o plano de recuperação apresentado pela Steammaster obteve grande aceitação dos credores na primeira Assembleia realizada em setembro, contudo, a aprovação não aconteceu devido a algumas divergências levantadas por alguns Bancos, o que demandou nova avaliação dos Imóveis, dados em pagamento.
A empresa acredita que, na medida do possível, construirá com os credores os ajustes necessários, por isto mesmo está confiante na aprovação do plano que é primordial para preservação do valor econômico e social da empresa, a manutenção da fonte pagadora de impostos, geradora de empregos, tecnologia e negócios.
Uma manifestação no dia 12/11 (terça-feira) foi feita em frente ao Banco do Brasil da Praça José Rezende Paiva (Concha Acústica), contra o abuso de poder dos Bancos (Banco do Brasil e Banco Itaú), que se recusaram a aprovar o plano de Recuperação Judicial da STEAM MASTER EQUIPAMENTOS TÉRMICOS LTDA, na 1º Assembléia Geral de Credores que aconteceu no dia 27/09/2013.
A nova Assembléia acontecerá no dia 29/11/2013, e a empresa precisa da aprovação do plano para não ir à falência.