O prefeito de Lavras (MG), Marcos Cherem (PSD), e o vice dele, Aristides Silva Filho (PSD), foram cassados em segunda instância pelo Tribunal Regional Eleitoral, em Belo Horizonte (MG), no final da tarde desta quinta-feira (30). Ao todo, cinco desembargadores votaram e quatro deles foram favoráveis à cassação. Cherem e o vice são acusados de abuso de poder econômico durante as eleições municipais de 2012. Os advogados de ambos já manifestaram que apresentarão recurso ainda no TRE. Clique em Leia Mais e confira notícia completa
Cassações anteriores
Na primeira ação, no dia 9 de abril do ano passado, a Justiça acusou o prefeito de usar o jornal Tribuna de Lavras pra fazer propaganda eleitoral e que a linha editorial do jornal foi favorável ao candidato, desqualificando os adversários de campanha. A segunda ação, no dia 11 de junho, apontou que o atual prefeito fez o uso indevido de meio de comunicação social durante a campanha com uma publicação nas redes sociais, prejudicado outros candidatos. A terceira ação foi no dia 18 de junho quando o juiz eleitoral de Lavras, Rodrigo Melo de Oliveira, alegou que Cherem teria gasto R$ 700 mil na contratação de 648 prestadores de serviço para a campanha enquanto era candidato. Na época, Cherem e o vice se defenderam da acusação afirmando que os gastos com a campanha não passaram de R$ 550 mil. Nas três ocasiões, Cherem e Aristides recorreram e permaneceram nos cargos.
No dia 28 de agosto, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) reverteu por quatro votos a um a cassação dos dois políticos. A relatora do processo, juíza Alice Birchal, disse que não ficou demonstrado que a normalidade das eleições no município tenha sido atingida pelas publicações. Segundo ela, o abuso de poder econômico e o uso indevido dos veículos de comunicação social somente são reconhecidos quando há prova segura da sua ocorrência.
No dia 8 de outubro, o juiz eleitoral de Lavras, Rodrigo Melo Oliveira, cassou pela 4ª vez em 1ª instância os mandatos do prefeito e do vice. Segundo a sentença, Cherem e Silva Filho eram suspeitos de abuso de poder econômico e uso indevido de meio de comunicação social durante a campanha eleitoral do ano passado.
Nas quatro ocasiões, Cherem e Aristides recorreram e permaneceram nos cargos. Após a publicação do resultado do embargo, ainda cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Fonte: G1