Moradores de Ouro Fino (MG) estão há quase um mês racionando água. Durante o dia, o abastecimento nos bairros é interrompido e só volta à noite. Na Santa Casa da cidade, a única saída pra evitar prejuízos no atendimento ao público tem sido recorrer aos caminhões-pipa.
Todos os dias, o Departamento Municipal de água e Esgoto (Dmae) tem disponibilizado pelo menos um caminhão para o hospital com nove mil litros de água. A Santa Casa tem uma caixa para 43 mil litros, mas a água que chega à noite não é suficiente. Clique em Leia Mais e confira notícia completa
“Como a água vem lá pelas 19h, ela chega com pouca pressão e mesmo colocando uma bomba na entrada da água não conseguimos jogar para a caixa tubular. Por conta disso, temos que usar a caixa do chão”, explica a administradora da Santa Casa de Ouro Fino, Dirce Freitas Garcia.
Segundo o diretor do Dmae, Edson Batista Gomes, a captação de água na cidade caiu pela metade. “Nós estamos fazendo isso porque não temos mais água para armazenar em nossos reservatórios. No período matutino a água se esgota nos reservatórios e se eu deixar as bombas ligadas elas serão danificadas e por isso eu tenho que fechar”, afirma.
O Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) de Poços de Caldas (MG) espera uma publicação no diário oficial do município para começar a punir o consumidor que desperdiçar água. O órgão esclarece que não vai multar os usuários por causa do uso irregular de água, já que não há lei que autorize esse tipo de punição, mas o departamento alerta que pode cortar o fornecimento nas casas em que for constatado o desperdício.
“Nós entendemos que, devido ao interesse público, há uma necessidade muito grande dessa economia de água e o Dmae pode tomar qualquer atitude para preservar esse interesse público. Nós vamos interromper o fornecimento dessa pessoa e depois vamos discutir na Justiça sobre a legalidade desse processo”, explica o secretário de Governo, Fernando Posso.
Projeto de lei contra o desperdício
Dois vereadores de Poços de Caldas já entraram com o projeto de lei que tem o objetivo de impor medidas emergenciais para que a população economize água na cidade.Ele ainda proíbe por tempo indeterminado o uso de água para lavar carros, seja em casa ou automatizada nos postos de combustíveis. O projeto proíbe também o uso de água para lavar quintais, ruas e calçadas.
Quem infringir a lei será multado. No caso dos lugares onde há feiras-livres, o local deverá ser limpo pela prefeitura. Essa lei cria o comitê de crise hídrica, que será composto por membros do Dmae, do departamento de eletricidade, além da Câmara e moradores.
Por enquanto, o projeto aguarda a avaliação das comissões na Câmara. Apenas depois dessa avaliação é que a lei estará disponível para votação. Conforme a assessoria da Câmara, a votação deve acontecer na próxima terça-feira (28).
Com Informações: G1