Pacientes esperam cirurgias há pelo menos seis meses em Itajubá, MG

Pacientes esperam há pelo menos seis meses por pequenas cirurgias que deveriam ser feitas no Hospital Escola, em Itajubá (MG). Segundo a entidade, os procedimentos de baixa complexidade foram suspensos devido à falta de verbas, que não estariam sendo repassadas pela prefeitura do município. Clique em Leia Mais e confira notícia completa.

 

 

 

O aposentado Mário Rodrigues Vieira usa uma sonda há 7 meses porque não consegue mais urinar sozinho. Ele precisa fazer uma cirurgia para retirar a próstata. Por duas vezes ele se preparou para o procedimento, mas teve que voltar para casa. “O hospital fala que não tem leito. E não tem como operar a gente se a gente não estiver no hospital, né?”, contou.

A faxineira Magda de Paula mostra todos os exames que fez para poder fazer a cirurgia da vesícula. Foi a chefe dela quem pagou pelos exames para que ela pudesse operar logo. A cirurgia estava marcada para o dia 9 de junho no hospital, mas não foi possível. “Chegou lá, eles falaram que não iam [fazer a cirurgia]. Tudo cancelado, porque não ia ter condição. Não tinha médicos, não tinha como receber”, disse.

O Hospital Escola de Itajubá ofereceu uma alternativa para a paciente: pagar R$ 7 mil pela cirurgia. “Saí de cabeça baixa e comecei a refletir aqui em casa, o que eu podia fazer, onde que eu ia me virar, como… não tem como”, acrescentou.

Embora sejam pequenas cirurgias, elas impedem que estas pessoas tenham uma vida normal. “Fico mais preso em casa. A situação minha é essa”, relatou Mário.

Pacientes esperam cirurgias há pelo menos seis meses em Itajubá, MG (Foto: Reprodução EPTV)Pacientes esperam cirurgias há pelo menos seis meses em Itajubá, MG 

Segundo o hospital, a prefeitura não tem feito os repasses que ajudam a manter estes serviços. Em nova oficial, o Hospital Escola enumerou vários fatos que contribuíram para a suspensão nas cirurgias eletivas de pequena complexidade. Dentre eles estão: o aumento de internações de urgência e emergência pelo Sistema Único de Saúde (SUS); as autorizações de internações hospitalares que extrapolaram o total contratado, e também que a associação mantenedora do hospital não dispõe de recursos próprios para custear as internações do SUS.

Fonte: G1



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