anta Casa de Misericórdia do Hospital São Francisco de Assis, de Três Pontas (MG) pode parar de realizar internações de pacientes. Segundo um ofício encaminhado pela diretoria da instituição à secretaria de Saúde do município, a administração não consegue arcar com as despesas, e as dívidas já chegam a R$ 19 milhões. Clique em Leia Mais e confira notícia completa.
Com a crise e o atraso de quatro meses nos pagamentos, o quadro de plantonistas da Santa Casa está cada vez mais enxuto. Dos 17 médicos, três já deixaram de atender. Além disso, o 13º salário de outros funcionários também não foi pago.
“Nós estamos procurando novos profissionais para tentar suprir nossa necessidade de estar preenchendo esses plantões. Mas devido à publicidade do fato, nós estamos tendo enorme dificuldade para contratarmos novos profissionais”, afirma Michel Renal Simão Castro, que é provedor da Santa Casa.
No oficio encaminhado à secretaria de Saúde, diretores relatam a situação dos plantões e dizem que não vão ser aceitas novas internações. Só o Governo do Estado, acumula R$ 1,5 milhão em parcelas atrasadas. No local, cerca de 300 pacientes do SUS são atendidos por dia.
“Até o momento o Estado não se manifestou. Temos procurado informações, e a única informação que vem até a gente é que não tem previsão de pagamento. Da maneira que está, muito em breve teremos pessoas que não vão ser atendidas e que pode vir a óbito”, diz Castro.
A Santa Casa de Três Pontas é referencia pra outras seis cidades da região. Sem a verba do Estado, a saída agora é buscar ajuda dos municípios atendidos.
“São 153 mil habitantes que dependem desse hospital, então o subsídio que a prefeitura faz para esse hospital não é suficiente. Então a gente precisa da ajuda dos outros municípios também”, o secretário de Saúde Heleno Carlos dos Santos.
A secretaria de Saúde de Minas Gerais informou que a Santa Casa é contemplada pelos programas Pró-Hosp incentivo e rede resposta. A secretaria disse reconhecer que há atraso em repasses e alega que tem trabalhado para regularizar a situação, considerando a disponibilidade financeira do Estado.
Fonte: G1