A necessidade de se economizar água vem obrigando prefeituras a criar multas de combate ao desperdício e tendo reflexos no comércio. Clique em Leia Mais e confira notícia completa
Em Passos (MG), a prefeitura criou um projeto de lei que trata da aplicação de multa de R$ 120 para quem não fizer uso racional da água. Já em Poços de Caldas (MG), a estiagem começou a ter impacto sobre a procura por água mineral, que em alguns lugares cresceu quase 50%.
Passos é a terceira cidade do Sul de Minas a definir punições para moradores que fazem mau uso da água potável. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) fez rodízio de abastecimento nos bairros e alguns locais ficaram mais de 24h com o serviço suspenso. No entanto, moradores já foram flagrados desperdiçando água.
Segundo o projeto que deve ser sancionado nos próximos dias, a multa será aplicada para quem usa água tratada para lavar casas e veículos. A determinação vale também para postos de combustíveis, empresas e órgãos públicos. As denúncias podem ser feitas diretamente no Saae e a multa será cobrada na conta de água.
Além de Passos, Três Pontas (MG) adotará uma medida semelhante partir de 3 de novembro, podendo cortar o fornecimento para quem não colaborar. Em Senador José Bento (MG), desde agosto os moradores podem receber uma multa por desperdiçar água.
Água de garrafa
Já em Poços de Caldas, a dificuldade dos moradores está em conseguir água mineral. Em uma das empresas de envase da água, as vendas quase dobraram, enquanto a vazão só diminui e agora está em 8 mil litros por hora, a menor dos últimos nove anos, segundo a empresa.
Em outra empresa, ligada ao Dmae, órgão público de abastecimento, o horário de atendimento foi reduzido porque o estoque acabou com o aumento das vendas. Da média entre 40 e 45 entregas por dia, o número de pedidos agora fica entre 75 e 80. O faturamento pulou de R$ 3,4 mil para R$ 8,7 mil apenas na comparação entre os dias 9 e 16 de outubro, mas o esforço para atender a demanda é grande.
O dono de distribuidora Vanderlei Gonçalves é cliente da empresa pública ligada ao Dmae e conta que teve que esperar para conseguir fazer sua compra. “É uma preocupação. Hoje vim aqui e tive que esperar produzir para levar”, disse.
Fonte: G1/Sul de Minas