A Polícia e a Receita Federal divulgaram nesta quinta-feira (27) um balanço dos bens confiscados de envolvidos nas operações “Jackpot” e “Metástase 57”, realizadas no Sul de Minas. As investigações começaram há cerca de 1 ano e os inquéritos já foram concluídos. Clique em Leia Mais e confira notícia completa.
A “Operação Jackpot” desmantelou um esquema milionário do jogo do bicho em Varginha (MG), Três Pontas (MG) e Elói Mendes (MG). Ao todo, 48 pessoas foram indiciadas. Segundo a PF, foram bloqueados cerca de R$ 30 milhões em bens e dinheiro que estavam em contas bancárias dos acusados.
“A Polícia Federal tem como um dos objetivos a descapitalização dos criminosos, a retirada dos recursos adquiridos com os proventos da infração, ou seja, bens móveis, imóveis ou ativos financeiros”, explicou o delegado da Polícia Federal, João Carlos Girotto.
Além disso, conforme a Receita Federal, também foram bloqueados cerca de R$ 22 milhões em impostos não declarados pelos envolvidos na operação.
“Para o Fisco federal, o bloqueio desses bens é exatamente para garantir o fiel cumprimento, o pagamento dessas obrigações tributárias”, disse o delegado Newton Kleber de Abreu Júnior, da Receita Federal.
Nesta semana, oito pessoas acusadas de participação no esquema do jogo do bicho começariam a ser ouvidas pela Justiça no Fórum de Varginha (MG). No entanto, as audiências foram adiadas para março de 2015, a pedido de advogados de dois indiciados. Eles alegaram que o promotor responsável pelo caso já teve um empreendimento imobiliário junto com um dos envolvidos e questionaram a decisão do juiz de pedir a quebra do sigilo profissional dos advogados de defesa. No entanto, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais considerou os pedidos improcedentes.
“O Ministério Público está comprometido com o interesse da sociedade e não há nenhuma intenção em prejudicar quem quer que seja, haja vista que a nossa função, e são dois promotores que trabalham no caso, é de levar os réus a julgamento e dar prosseguimento ao trabalho que foi feito em conceito de ‘Força Tarefa’. O trabalho foi feito com a Polícia Federal, com a Receita Federal e o Ministério Público Estadual de Minas Gerais”, disse o promotor Mário Antônio Conceição.
Em nota oficial, o Ministério Público disse que a estratégia dos advogados tinha apenas o objetivo de retardar o andamento do processo. Para o promotor Mário Antônio Conceição, o adiamento das audiências não deve atrapalhar o julgamento.
Na “Operação Metástase”, que investigou o desvio de verbas públicas, fraudes em licitações e compra de votos em Três Corações (MG), a relação de bens ainda está sendo analisada. Neste caso, apenas os valores e bens que deixaram de ser declarados à Receita Federal, cerca de R$ 3 milhões, já foram bloqueados.
Fonte: G1