Hospital de Poços de Caldas passa por dificuldades financeiras e pacientes aguardam recursos para tratamento

Para ajudar a Santa Casa de Misericórdia de Poços de Caldas (MG), que possui um déficit de R$ 3,4 milhões, a prefeitura da cidade encaminhou, nesta terça-feira (14), um projeto de lei para a Câmara Municipal para transferir recursos do Departamento Municipal de Eletricidade (DME) para o hospital. O valor total é de R$ 4,225 milhões para a Santa Casa e para o Hospital Santa Lúcia. Clique em Leia Mais e confira notícia completa.

 

Com a situação, 88 pacientes diagnosticados com câncer ainda não começaram o tratamento por falta de dinheiro. Segundo a superintendente da Santa Casa, Renata de Cássia Santos, não há o que fazer sem a verba. “Precisamos de R$ 147 mil somente para a oncologia e de imediato. Isso somado ao prejuízo de R$ 200 mil no setor de urgência e emergência, a Santa Casa parou”, explicou.

A sobrevida para a Unidade de Atendimento de Alta Complexidade (Uncacon) pode estar em um projeto de lei do Executivo, que pretende transferir dinheiro das empresas do grupo DME para o hospital. Seria um pagamento de R$ 1,835 milhão para regularizar os atendimentos na oncologia, além de repasses mensais de R$ 400 mil para a urgência e emergência da Santa Casa e do Hospital Santa Lúcia.

“Identificamos a necessidade de um repasse maior diante dessa situação emergencial e espetamos que seja aprovado para que a Santa Casa tenha a tranquilidade de continuar os atendimentos”, explicou o prefeito de Poços de Caldas, Eloísio do Carmo Lourenço.

Agora a liberação de recursos para socorrer a Santa Casa depende da aprovação do Legislativo. O projeto chegou à Câmara de Vereadores e ainda tem que ser analisado por três comissões. A presidente da casa, Regina Cioffi, acredita que o assunto só deve ser votado no próximo mês.

No último mês, a Santa Casa já tinha ameaçado interromper as cirurgias oncológicas. Em caráter de urgência, o hospital pediu aumento do teto financeiro e o pagamento de procedimentos excedentes para que não houvesse a suspensão dos atendimentos. A nota divulgada informava ainda que de janeiro de 2013 a março deste ano, a Santa Casa fez 1.051 cirurgias a mais que ainda não foram pagas pela Secretaria Estadual de Saúde, o que gerou um déficit de quase R$ 3,5 milhões.

E quem precisa de tratamento, como a dona de casa Lázara de Lima Polette, que há 2 anos passou por uma cirurgia para tumores na mama e na axila e agora continua fazendo o tratamento na Santa Casa de Poços de Caldas, a aprovação do projeto de lei é crucial.

“Você depende de esperar para fazer o pedido de um exame e as atendentes vão mudando, desmarcando e a gente fica preocupada, né. Porque essa doença é difícil. A gente está torcendo para dar tudo certo, para que a Santa Casa receba, a Unacon, porque se olhar pra trás, tem gente mais necessitada ainda”, comentou.

Já para a superintendente do hospital, caso o dinheiro seja recebido, será um alivio. “De imediato vamos quitar os prestadores, não apenas os médicos, mas os laboratórios, prestadores da oncologia, todo mundo”, finalizou Renata.

Mais de mil cirurgias oncológicas ainda não foram pagas pelo governo para a Santa Casa de Poços (Foto: Reprodução EPTV)Mais de mil cirurgias oncológicas ainda não foram pagas pelo governo estadual para a Santa Casa de Poços 
Com informações: G1


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